sábado, 19 de fevereiro de 2011
É sabido que todas as Mamães atravessam um período de tristeza depois do parto em que estão sensíveis demais e choram por qualquer coisa, embora tudo tenha corrido bem. As mulheres que não planejaram criar os seus filhos sozinhas tendem a atribuir estes sentimentos à perda do marido. Aqui, o bebê passa a ser considerado como a única fonte de felicidade e o único ser que as faz sentir amadas e úteis. Por isso, a ansiedade e a depressão costumam a manifestar-se na forma de sobre-proteção e receio de que alguma coisa aconteça. Aquelas que decidiram ser Mamães apesar de não estarem casadas, por outro lado, podem sentir-se obrigadas a negar muitos dos conflitos emocionais que vão aparecendo no seu caminho. Talvez devido ao fato de terem caído no erro de ver com demasiado otimismo e exigência o fato de "poderem" fazer tudo sozinhas.
Um vínculo apertado
Para a Mamãe que está sozinha, é comum que o filho se converta na pessoa que dá sentido à sua vida. Como não tem um marido que proporcione dinheiro ao lar, geralmente tem de sair para trabalhar e ficar muitas horas fora de casa para manter o seu bebê, enquanto o deixa ao cuidado de outras pessoas. Não obstante, estabelece-se entre ambos um vínculo afetivo muito estreito. É tanto o que nele deposita e passa a ocupar tantos aspectos da sua vida de mãe que tudo começa a girar à sua volta, inclusivamente com maior importância que em outros casos. Por outro lado, a sensação de não ter com quem partilhar a criança e o receio de não ser uma boa Mamãe fazem com que muitas vezes, na altura de impor limites, a dificuldade seja maior.
Mamãe full-time
Do trabalho para casa e da casa para o trabalho, a Mamãe costuma descuidar outras áreas que começam a ser ocupadas unicamente pelo seu filho. Frequentemente, este descuido leva-a a manter-se afastada dos intercâmbios sociais e a estimular a ideia de que ambos estão "sozinhos no mundo" e de que " só se têm um ao outro". Um vínculo muito absorvente que prejudica tanto a Mamãe como o filho, porque as crianças também têm a sua vida e necessidades pessoais que não podem ser satisfeitas pelas suas mães.
As Mamães não devem esquecer que também são mulheres, e que não existe nenhuma razão que as impeça de refazer a sua vida conjugal e as suas relações familiares. Qualquer que seja o motivo que conduziu à maternidade sem Papai, existe sempre a possibilidade de voltar a formar um casal que aceite o filho e – talvez – com quem ter outros filhos. Face a esta situação, muitas vezes o principal receio tem a ver com os sentimentos da criança. Estiveram durante tanto tempo os dois sozinhos que a Mamãe sente que estaria a traí-la se constituísse uma família com um homem.
Mamãe, porque não tenho Papai?
À medida que a criança cresce, geralmente quando entra no jardim-escola e está em contato com outras crianças que falam dos seus Papais, começam a aparecer perguntas do seu pai. E tem direito a saber as respostas verdadeiras, que deverão ser avaliadas em função da sua idade. Porém, nunca se lhe deve mentir. Mas para além das suas dúvidas ou da ambivalência inicial, uma mulher que tem um filho compromete-se a cuidá-lo e a criá-lo, e essa é a maior prova de amor que lhe pode dar. Trata-se de uma atitude de compromisso com a verdade, de respeito por esse ser humano que, embora pequeno, tem direito a conhecer a sua história.


Fonte: http://www.meubebezinho.com.br/gravidez040211a.shtml 


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Aos 34 anos, sagitariana com ascendente em capricórnio (discordo, mas fazer o quê?!), do Rio de Janeiro (com louca vontade de morar num lugar tranquilo), estudante de psicologia (mas cheia de problemas de cabeça. rsrrsrsrs), mãe e pai da pequena Bia, de 5 anos. E esse blog fala da nossa trajetória, dos meus sentimentos, minhas muitas lamentações, etc.

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