sexta-feira, 6 de janeiro de 2012



Uma mãe solteira passa por muitas coisas diferentes daquelas que têm um esposo/namorado ao seu lado.
Alguns problemas são até comuns entre as solteiras e não solteiras, mas sabemos que a ajuda do companheiro é imprescindível em diversas situações.... 

  • A mãe solteira assume sozinha as funções que seriam "do casal", as tarefas domésticas, as responsabilidades na educação e a garantia do sustento dela e dos filhos. Geralmente esta sobrecarga de tarefas impede a possibilidade de ter uma vida pessoal efetiva. A pressão da família de origem contribui para piorar esta situação.
  • A situação anterior lhes impede dedicar um tempo à vida pessoal e social e isso contribui para o isolamento e gera sentimentos de solidão, de abandono. Além disso, um dos principais temores de muitas “mães solteiras” é o de que ninguém as queira com um filho/a, que já não seja possível refazer sua vida afetiva. 
  • No caso de mães muito jovens, adolescentes por exemplo, são imaturas para assumirem grandes responsabilidades, a família de origem geralmente assume a situação e coloca as regras. A autoridade passa a ser dos avós;
    A criança, até nascer não é de ninguém. Depois, é de todos menos da mãe. Atualmente os pais não as mandam sair de casa, porém elas aguentam o maltrato e a humilhação daqueles que lhes proporcionam um lugar para viver e os meios necessários para sobreviver. 
  • Uma série de acontecimentos influencia negativamente na auto-estima das “mães solteiras”: as mudanças físicas derivadas da gravidez (que é comum também às mães casadas), o afastamento do grupo de amigos/as (os amigos é que preferem se afastar), o abandono dos estudos para cuidar do bebê (no caso de escola ou faculdade), a frustante procura de trabalho sem preparo nem experiência  (no caso de adolescentes ou pessoas sem estudo ou profissão), a vida regida pelas normas da família de origem que lhes impede de tomar suas próprias decisões, a culpa pelo fato de ter engravidado, a perda de todas as atividades gratificantes e a predominância das atividades obrigatórias.
  • A sociedade atual não rejeita, de forma explícita, como antigamente, a “mãe solteira” tratando-a como pecadora ou imoral, porém, muitas “mães solteiras”  percebem uma certa discriminação encoberta.
  • As “mães solteiras” têm a necessidade de trabalhar para poder sobreviver, sendo a única fonte de sustento de sua família, porém, também possuem os maiores problemas para conciliar a vida familiar com a vida profissional, principalmente por encontrarem-se sozinhas na criação dos filhos/as.
  • Consideramos que todos esses fatores que foram mencionados levam a um maior risco de exclusão social: maior necessidade de apoio econômico, de emprego, de moradia, de divisão nas tarefas familiares, nos serviços de apoio familiar, de cultura, de educação.

5 comentários:

  1. Nossa Nívea!
    Nem imaginava que algumas são problemas para mães solteiras, achei que os preconceitos já haviam sido superados.
    Esclarecedor seu post.
    Cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com/

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  2. concordo com tudo, é bem assim mesmo, eu fui mae solteira aos 18, era considerada exemplar, depois virei exemplo de coisa errada, o mundo evoluiu e se modernizou, mas o preconceito com mamaes solteiras ainda é o mesmo

    DANE-SE OS PRECONCEITUOSOS....
    o importante é q assumimos a responsabilidade.


    bjus e excelente fim de semana p vc e p a Bia

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  3. Pois é, meninas. As pessoas nem imaginam os problemas que passamos: preconceitos, pessoas achando que as mães solteiras estão nessa condição por serem desajuizadas ou vulgares, ou sem-vergonha, tantas coisas... Na verdade, existem mesmo muitas mulheres que não se cuidam e têm vários filhos de pais diferentes, porque não tomam um remédio, não usam preservativo, etc. Mas nem todas são assim. Só que a sociedade não quer saber de que forma ela engravidou... E mesmo que tenha engravidado pornão ter se cuidado, o homem também estava lá na hora, então tem a mesma responsabilidade da mulher. Eu mesma já quebrei vários climas por ter exigido o preservativo na hora e eles se negam a usar... Fora os homens que acreditam que, se a mulher engravidou e o cara não quis, alguma coisa ela fez pra isso, como eu já ouvi. Mas não é verdade. A culpa n]ao é exclusividade da mulher. Parece que os homens passam a achar que a mulher deixa de servir como mulher, como companheira dele e passa a ter papel só de mãe... E na verdade, quem não têm juízo são eles, porque se tivessem, assumiriam os filhos sem pestanejar...

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  4. Nossa Nívea, estou separada desde 2002, no início, com muita insistência minha, meu ex saía com meus filhos, procurava eles, agora nem toma conhecimento, não paga um tostão de pensão, eu já nem vou atrás, tenho outras formas de subsistência, meus filhos já estão adultos e já nem querem mais saber do pai, não esperam nada dele, nem um conselho - me sinto como uma mãe solteira e me identifiquei com muitas postagens suas, me tornei sua seguidora, sei bem como é uma vida cheia de dificuldades.

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  5. @Nane É, Nane. Pelo jeito é assim que vai ser também! O pai deu sinal de vida, mas sabe? Ele não sabe o que quer e se eu não cortar agora, ele vai ferir minha filha no futuro com esse modo dele "de lua" de ser. Então prefiro que ele suma de uma vez. Nós mulheres somos fortes o bastante para criarmos um filho sozinha, apesar de toda e qualquer dificuldade. Por isso, Deus deu às mulheres a benção de gerar uma criança e não a eles. Sucesso pra vc, volte sempre!

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Aos 34 anos, sagitariana com ascendente em capricórnio (discordo, mas fazer o quê?!), do Rio de Janeiro (com louca vontade de morar num lugar tranquilo), estudante de psicologia (mas cheia de problemas de cabeça. rsrrsrsrs), mãe e pai da pequena Bia, de 5 anos. E esse blog fala da nossa trajetória, dos meus sentimentos, minhas muitas lamentações, etc.

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