quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Ninguém imagina (Na verdade, as pessoas nem querem saber...), como estão sendo difíceis esses dias pra mim... Sabe aquela coisa de te perguntarem se você está bem, mas não se importam com a resposta? É mesmo assim...
A sensação que tenho de que tenho um bolo na garganta, quando as pessoas perguntam: E o pai da criança? Aceitou? Vai assumir? Está com você?
Não importa como a pergunta é feita, sempre me dá uma vergonha... E automaticamente uma vontade de chorar... Me sinto como uma menina de 15 anos que engravidou por não ter orientações dos pais ou por não ter idéia do que é ter um filho aos 15 anos.
Pensando numa menina de 15 anos, é mais fácil encarar, porque sabemos que adolescentes não têm muita responsabilidade e nem sequer pensam em camisinhas ou remédios anti concepcionais. Mas uma mulher de 28 anos??? Já não deveria estar se preservando, evitando filhos não planejados???
O fato é que eu evitei. Evitei desde cedo, quando eu já ouvia da minha avó que o meu destino breve era fazer um filho e colocar nas costas da minha mãe pra criar...
Isso me fez ter senso de responsabilidade muito cedo... Mas e quando o que acontece não foi por falta de prevenção?? Afinal, eu estava tomando pílulas!!!
Daí, as pessoas me olham com pena, mas por dentro imagino que estejam pensando em FALTA DE RESPONSABILIDADE. Tipo aquelas perguntas: Por que não usou camisinha, meu Deus?? Por que não tomava remédios??
Um julgamento.
O que me envergonha não é bem isso. É ter que falar: O pai? Vai assumir, mas... não está comigo. Ou, quando me sinto mais abandonada, digo, o pai sumiu... O QUE NÃO É MENTIRA.
Onde está o pai?? Não me liga há semanas...
Algumas pessoas pensam que assumir um filho é ir visitar a mãe e a criança no hospital, depois que ela pariu. NÃO É.
Muito mais bonito é um pai acompanhando a mãe numa consulta, numa ultrassonografia, comprando remédios para ela, auxiliando, etc. É SENSO DE RESPEITO e amizade, pelo tempo que ficaram juntos, mesmo que o homem, por motivos próprios, não queira continuar com a mulher, depois que ela engravida.
Ai, isso me envergonha. Eu tenho vergonha de gostar de uma pessoa assim, indiferente, despreocupada, desatenciosa...
Me envergonha ser MÃE SOLTEIRA, aos 28 ANOS.
Me envergonha responder essa pergunta, que todas as pessoas fazem, porque a história muda de figura quando você está com o pai da criança ao seu lado...
Marcadores:Pai Ausente
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- Nih Ferreirat
- Aos 34 anos, sagitariana com ascendente em capricórnio (discordo, mas fazer o quê?!), do Rio de Janeiro (com louca vontade de morar num lugar tranquilo), estudante de psicologia (mas cheia de problemas de cabeça. rsrrsrsrs), mãe e pai da pequena Bia, de 5 anos. E esse blog fala da nossa trajetória, dos meus sentimentos, minhas muitas lamentações, etc.
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Ni, de verdade não se envergonhe querida! O pai da Bia que deveria ter um pouquinho assim de vergonha de não vivenciar momentos tão lindos com ela! E é isso que vc deve fazer não é? Aproveitar cada momentinho com ela, foque somente nela... Tudo tende a se resolver com o tempo... Se for com o pai dela ou com outra pessoa, mas se resolverá! Acredite!
ResponderExcluirUm beijo!