quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Tá difícil, viu?

O papel de mãe não é nada fácil. Estou tendo dificuldades em me adaptar.
Anna tem chorado muito, mas quando digo muito é MUITO. Tem hora que não dá pra saber porque chora. Tento fazer de tudo. Parece que nada é a solução, a não ser deixar que ela fique O TEMPO TODO mamando ou só com o bico no peito. Pra ela, se tiver no peito, tá tudo bem.
Mas pra mim, não. Não consigo ficar horas a fio ali parada com ela mamando.
Tenho ficado muito ansiosa por conta dessa e de outras coisas. Afinal, nunca consegui viver numa rotina. Minha vida sempre precisou ser diversificada e sempre amei liberdade. Agora estou presa. É por uma boa causa, sim, mas tenho que me adaptar. Às vezes é difícil lembrar que é só uma fase.
Essa ansiedade me faz muito mal. Aliás, ansiedade faz mal a qualquer pessoa. No meu caso, dá vontade de comeeeeeer toda hora, só besteira. Isso tem conseqüências. Fico gorda e isso abaixa minha auto-estima. Sem auto-estima, fico chata, achando que ninguém vai me querer, me achando inútil e outras coisas mais. Sempre tive tendência a ficar depressiva e isso me faz tãoooooo mal!!!
Às vezes dá vontade de largar tudo e sair! Quero sair! Ir à praia, no shoping, gastar dinheiro, ir pra balada ou simplesmente sentar num barzinho e conversar. Claro, você me diria que depois que passamos a ser mãe, tudo isso muda. Muda, sim. Mas a vida social sempre foi tão importante pra mim. Ficar em casa o dia, a semana, o mês todo não é o meu forte. Tem gente que gosta. Ficar em casa sozinha é tão ruim. Nem tanto sozinha, né? Tenho a Anna, mas ela ainda não conversa.
Outro ponto crítico é a parte financeira. Muitos gastos. Cartões atrasados com compras para a Anna que fiz antes dela nascer, compras pro quarto e pro chá de bebê ainda.
O pai é imprevisível. Às vezes liga, se interessa, conversa, mas por vezes some e está SEMPRE meio frio, distante. Hoje a ANNA faz 2 meses e ele a viu uma ÚNICA vez. Eu não quero ser chata, às vezes me anulo, engulo coisas que queria dizer pra não haver brigas e mágoas, quero ser compreensiva, mas às vezes é difícil compreender, então finjo que entendo.
Entendo menos ainda quando diz que poderíamos ALUGAR UMA CASA PRA MORAMOS JUNTOS. COMO?? Se não nos vemos, se ele nem vê a filha, não faz força pra participar do crescimento dela, se não conversa comigo pessoalmente sobre a vida de casado e nem sequer namoramos!!!!! Queria muito isso, viu? Não só por ela, mas por mim. Gosto dele, inexplicavelmente. Falar com ele às vezes me acalma, dependendo de como ele me trata.

O que me dá forças mesmo é o SORRISO da minha menina. Oh, como eu queria que ela estivesse sempre rindo!! Mas como, tadinha, ela não sabe falar o que sente, então chora. Às vezes me sinto assim, sabe? Como uma criança, eu não sei falar cara-a-cara o que sinto e sempre choro. Como sou chorona!!! E a Anna puxou a quem???????
Que sorriso lindo ela tem!!

Ontem falou: "Pá".
Parece até que estava falando papai. Rsrrsrs.
Tem horas que parece que chama: "Mamã."

DOIS MESES.

Tenho que voltar a trabalhar em setembro e não sei com quem deixar minha filhota. Tenho mesmo que trabalhar, essa vida de ficar em casa me deixa muito instável. Preciso de dinheiro. Preciso de convívio social. Preciso de ar puro.

Tadinha da minha menina, não tem culpa de nada disso.

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Aos 34 anos, sagitariana com ascendente em capricórnio (discordo, mas fazer o quê?!), do Rio de Janeiro (com louca vontade de morar num lugar tranquilo), estudante de psicologia (mas cheia de problemas de cabeça. rsrrsrsrs), mãe e pai da pequena Bia, de 5 anos. E esse blog fala da nossa trajetória, dos meus sentimentos, minhas muitas lamentações, etc.

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