domingo, 4 de março de 2012

Uma pessoa me pediu opinião sobre o post dela que tem como título: "Sobre mãe solteiras - E o preconceito delas mesmas."

Então vou falar um pouco sobre isso...



Tenho a impressão de que já tinha lido esse post há um tempo atrás ou li algo parecido em algum outro lugar, mas não me recordo bem. Eu demorei bastante a escrever esse post, porque tô muito sem tempo, mas foi bom, pois tive tempo de pensar sobre o assunto...


O meu blog fala sobre minha trajetória como mãe solteira, mas não o fiz na intenção de choramingar, falar mal do pai da minha baby, reclamar do trabalho que uma criança dá e, muito menos, me fazer de vítima... Fiz o blog na intenção de ajudar muitas mães por aí, que como eu, se vêem numa situação muito delicada quando se descobrem grávidas e solteiras, afinal, não é mesmo tarefa fácil ser mãe e, muito menos, solteira. Ainda mais quando elas nem se auto sustentam, pensam em como irão sustentar uma criança que vai depender inteiramente da vida financeira dela. Vi isso acontecer comigo na época e ainda vejo acontecer muitooooooo por aí. Com o tempo, a gente vai recebendo ajuda das pessoas, vai amadurecendo, vai aceitando a condição de ser mãe e educar sozinha uma criaturinha indefesa, que vai depender da sua educação para se tornar uma pessoa boa ou ruim... Mas na hora em que nos vemos nessa condição, pensamos que o mundo vai cair sobre as nossas cabeças. Sei que isso acontece e tenho ajudado algumas mães assim...

Eu acho que há preconceito sim!! Muito! E ele não vem de mim... Eu vejo no olhar das pessoas, nas palavras, nas atitudes, que elas são convictas de que, se você é mãe, você tem um marido, e se não tem, elas querem saber porquê o homem não está com você, porquê você não casou, porquê se separou, etc... Sei que algumas pessoas vêem mães solteiras como as erradas, como se elas tivessem dado motivos para os namorados, maridos, sei lá o quê, irem embora e as deixarem nessa situação... Não vou tapar o sol com a peneira.

E eu, como mãe solteira, não me faço de vítima, EU FUI e estou sendo vítima de uma irresponsabilidade da outra parte, que é o pai da minha baby e  vítima da minha falta de tato (prudência) para escolher o homem certo para me envolver... Não sou a coitadinha, a indefesa, a pessoa que precisa de compaixão... E acho que muitas pessoas são e serão vítimas disso...

Não fui irresponsável no sentido de fazer sexo sem método contraceptivo, porque eu usava! Mas fui irresponsável no sentido de trocar de método sem me preocupar com os riscos que corria de engravidar no intervalo dessa troca e até de contrair uma doença...

Quando engravidei, não pensei que fosse descobrir que o pai da minha filha, a quem conhecia desde pirralha, teria tal falta de caráter e consideração. E isso me dói, sim! Dói até hoje! Talvez seja por isso que pareço estar me fazendo, muitas vezes,de vítima, choramingando, etc. Mas NÃO GOSTO MESMO de ser mãe solteira e assumo. Talvez um dia não vá me incomodar mais... Muitas coisas eu queria ter compartilhado com ele, como muitas coisas que acontecem hoje em dia com minha filha, em relação ao desenvolvimento dela, eu gostaria de contar pra ele e podermos rir juntos! Se eu gostava dele ainda? Ainda gosto! Gosto da pessoa que conheci lá atrás, que me fazia rir, que estava sempre no meio da minha família, rindo, brincando, zoando tudo... E não dessa pessoa que virou as costas pra mim quando precisei. E não falo de não ter ficado comigo... Queria muito mais que ele tivesse assumido a filha dele, mesmo que não tivéssemos dado certo... 

Você ver que o pai da sua filha a visita, tira fotos, ajuda financeiramente, etc, é bem diferente da situação em que o pai some no mundo e vai viver a vida dele tranquilamente como se aquele ser, que saiu dele, não existisse. E que um dia vai se perguntar: Por que meu pai não me quis???

8 comentários:

  1. é realmente é dficil..e acho que sua pequena ira realmente fazer esses questionamentos pra vc...até pq eu estou com 34 anos e ainda me questiono sobre a postura do meu pai para comigo ..mesmo a minha mãe não sendo mãe solteira...Mas venho aprendendo naterapia...que devemos encarar a vida com realidade e não se pode exigir de alguem algo que a pessoa não tem e não quer ter..por isso o amor não se ensina ou se da...vem dentro do coração....Bia, vai crescer e apesar do sentimento de rejeição do pai...vai saber lidar com isso e aprender que o amor da familia dela é tão grande...que ira tomar conta do seu coração..Enfim, só lamentamos pelos "pais"...Bjs

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    1. Ai, Marcella. Já tinha lido seu comentário sim, mas nem tive tempo de responder o seu, nem o de outras pessoas...

      Sei que minha filha vai me questionar isso e até se questionar sobre a falta de amor por parte do pai dela... E isso me dói. Queria poder evitar...

      Saudades da minha terapia... Me ajudava tanto...

      Só temos a lamentar mesmo pela ausência de amor nos corações... beijos!

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  2. Oi querida! Você não é a primeira nem será a única a passar por esses sentimentos ......
    Mas você não abandonou a sua filha! Isso é o mais importante! E ela sempre amará você e talvez nem sinta falta do pai. Um dia você terá uma pessoa que acolherá você e sua filha com todo amor e carinho, pode esperar. A vida apronta coisas chatas e coisas maravilhosas .......
    Beijos.

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  3. Nívia!
    Triste ainda ver que existe preconceito, não apenas com as mães solteiras, mas qualquer tipo de preconceito. Acho o fim da picada em pleno século XXI.
    Passando para desejar um bom início de mês e uma semana mais que abençoada!!
    Cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com/

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  4. Nívia, a falta de responsabilidade de nao ter usado metodo anticoncepcional foi MINHA nao sua, sinto na pele o que é a sua dor, passei por isso no começo, mas vc com o tempo assim como eu vai adquirir uma casca grossa nas costas, queria muito ta perto de vc e te olhar nos olhos e te ajudar a passar por isso. Vc leu o post foi no meu blog mesmo, quando vc me descobriu no seu e veio me mandar um recado no post sobre o coração. Até te peço desculpas se fui muito agressiva, mas as vezes precisamos encarar a vida e se vc não é feliz com o amarelo, seja feliz com o vermelho. Quando minha filha era do tamanho da sua eu praticamente abdiquei da minha pra cuidar dela, minha mãe nos sustentávamos e o pai dela nao ajuda muito, ele nao da pensao e só tirou foto com ela a 3 anos atrás. Quando ela tinha 3 p 4 anos eu comecei a trabalhar, ganhava salario mínimo e coloquei minha filha em escola particular q era quase a metade do meu salário, mas queria q ela tivesse o melhor, pq ela nao era culpada da burrada q eu fiz. Seu caso é diferente do meu, pq eu nao amava muito o pai da minha filha e por tudo q eu ja li no seu blog vc ainda ama o pai da sua filha. Mas querida o tempo diz tudo se um dia Deus ve q vcs tem q ficar juntos Ele vai mover o q for preciso.

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    1. Também queria que tivesse mais perto de mim pra compartilhamos experiências....

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  5. Na minha humilde opinião vc nao deve olhar o q as pessoas pensam, cuide da sua filha, de vc e da suas coisas, dê satisfação somente a quem interessa, sua mãe, seu pai, sua família... deixa q o resto se dane (desculpe a palavra), a parte da escolha do homem é normal fazermos escolhas erradas, mas adquirimos experiencias para nao errar de novo, no meu caso tinha certeza da falta de carater mas no rala e rola vc sabe fiquei sem vontade de pensar, sei como é quando nos decepcionamos com a pessoa q amamos dói muito mais, demora muito mais pra passar, mas passa.

    Você disse: ..."é bem diferente da situação em que o pai some no mundo e vai viver a vida dele tranquilamente como se aquele ser, que saiu dele, não existisse."

    Nívia faça de conta que ele nao existe tb esqueça q vc tem filho de um cara assim, eu as vezes nem lembro q minha filha tem pai, é sério. Esquece e viva sua vida, reconstrua sua vida com sua filha, ame-a muito e faça como o Zeca deixe a vida te levar.

    Abraços e Jesus abençõe grandemente a sua vida.

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  6. Sua bebê é linda! Parabéns! Passei para da uma olhadinha e achei tudo muito fofinho..meu blog: www.boneca-bonita.blogspot.com...dá uma passadinha lá..e se gostar,,,vou ficar feliz em tê-la como seguidora...e retribuirei com muito carinho...pois já achei seu blog o máximo...beijinho

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Aos 34 anos, sagitariana com ascendente em capricórnio (discordo, mas fazer o quê?!), do Rio de Janeiro (com louca vontade de morar num lugar tranquilo), estudante de psicologia (mas cheia de problemas de cabeça. rsrrsrsrs), mãe e pai da pequena Bia, de 5 anos. E esse blog fala da nossa trajetória, dos meus sentimentos, minhas muitas lamentações, etc.

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