terça-feira, 19 de setembro de 2017

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Terça, 19 de setembro de 2017

        De novo isso?? É um momento em que estou no trabalho e me vem uma tristeza, um nó na garganta, uma vontade incontrolável de chorar... E como é incontrolável, eu choro... Meu namorado (Sim, arrumei um namorado, depois de 3 anos lutando contra meus medos e traumas. E, ufa, a luta não acabou, ela piorou, mas depois falo sobre isso) diz: Chora! Vai pra um canto e chora. Coloca pra fora! Para de querer saber o motivo da tristeza. Se ela está aí, chora! Ele me apoia. Sinto uma enorme vontade de chorar no colo dele nesse momento.
        E pergunto a mim mesma: por que estou assim hoje? O que foi dessa vez? Quando isso vai acabar?
        Geralmente fico assim às segundas. Uma deprê quando chego no trabalho, um mau humor, desânimo de tudo. Nem com as pessoas falo direito. Mas dessa vez foi diferente. Tive uma ótima segunda-feira (ontem). Já cheguei e fui encontrar meu namorado e ele me faz bem. Demonstra tanto carinho por mim, afeto, me abraça tão forte, me envolve com seu corpo forte (bem mais alto do que eu), que me senti acolhida, amparada o dia todo. E ontem foi nosso 1º mesversário de namoro. À noite me buscou numa palestra onde eu estava. Cheguei ao carro e ouvi tocando nada mais nada menos do que Ana Carolina. Ele não fez de propósito, mas foi meu presente de 1 mês de namoro. Nada melhor do que comemorar isso (é, eu estou me sentindo radiante de comemorar meu 1º mês com ele, acreditem) ao som da minha cantora mais que preferida. Me levou pra casa, namoramos e foi uma segunda diferente, como não lembro de ter há muito (multiplique isso ao quadrado) tempo.
        Mas hoje é terça. A tristeza não teve lugar ontem, mas chegou hoje já dizendo: Achou que não ia me ver mais?? E dá uma gargalhada na minha cara.
        Penso que isso vai passar mais uma vez. Sempre passa. Procuro me ocupar e venho escrever esse post. Há meses que não posto nada no Blog.
        Procuro não pensar mais, deixar pra lá, mas a angústia tá aqui. Não tenho como me trancar e chorar.  Batem à porta toda hora, telefone toca, não quero que ninguém me veja chorando. Não suporto. Mesmo por que nem sei porque estaria chorando.
        "Imagine um carro que nunca foi levado para revisão, ele começa a fazer barulhos cada vez mais altos a ponto de um belo dia parar no meio do trânsito. Assim também acontece conosco, vamos ignorando, calando, relevando nossas inabilidades, permitindo situações, até o ponto que esse movimento acaba te cobrando por tantos "deixa pra lá"."
        Quando existem sofrimentos não resolvidos, qualquer coisa pode ser o gatilho para que aquela lágrima impertinente apareça quando a gente menos espera. E nada está resolvido dentro de mim. Nada.
        Eu tô vivendo (ou tentando) um novo tempo. Um reinício. Meu namorado me ajuda, mas também me atrapalha, porque meus pensamentos vão a mil e o medo de me tornar uma dependente emocional, uma fraca aos olhos dele, me apavora. Homem gosta de mulher forte, segura, que se basta. E eu? Eu não sei mais quem eu sou.
        Tô vivendo uma mudança e essa mudança começou há um mês!! Uma mudança drástica não acontece assim! É preciso tempo! Não me sufoquem pra mudar tão rápido! Minha ansiedade não aguenta!
        Toda grande mudança significa dizer adeus a um outro tempo que não existirá mais e, mesmo que tenha sido cheio de maus momentos, teve um grande significado na minha vida. Em tempos de mudança nós nos tornamos muito sensíveis a tudo, e as lágrimas muitas vezes chegam sem nenhum motivo específico. Esse é o caso.
        Engraçado (na verdade não é)... Eu era uma pessoa tão sensível, romântica, idealista, sonhadora, carinhosa, amiga, companheira, fiel... E aos poucos fui endurecendo com as porradas (sim, soltei um palavrão) da vida, das pessoas e as que eu mesma me dei. E me tornei isso. O que sou hoje. Um inverso. E agora tenho que voltar ao que era antes, porque estão me "exigindo". " - Não pode ser tão fria", eles dizem. " - Não pode desistir de tudo assim", sempre ouço.
        Mas e agora? Como faço pra voltar a ser como antes? Será possível? Só eu voltasse para o útero da minha mãe... Mas não dá. A vida é uma frequente e incessante mudança. Nem sempre pra melhor.

        Ai, tristeza, por favor vai embora...

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Aos 34 anos, sagitariana com ascendente em capricórnio (discordo, mas fazer o quê?!), do Rio de Janeiro (com louca vontade de morar num lugar tranquilo), estudante de psicologia (mas cheia de problemas de cabeça. rsrrsrsrs), mãe e pai da pequena Bia, de 5 anos. E esse blog fala da nossa trajetória, dos meus sentimentos, minhas muitas lamentações, etc.

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