sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013


Não. eu não consegui o que queria. eu não queria nada. mas aconteceu. e depois eu queria ver que não estava sozinha. que o homem que um dia amei, ficasse do meu lado nas horas tristes, de choro, em que precisei dele. e que nas horas felizes, de orgulho, comemoração, entusiasmo, recompensa, ele também estivesse aqui. o que eu queria era que minha filha tivesse UM PAI que a amasse, ensinasse, que risse de suas gracinhas, que ajudasse a levantar quando ela caísse, brigasse quando necessário, parabenizasse, elogiasse, acompanhasse… o que eu queria era um marido ao meu lado, pra alisar minha barriga de grávida…. sentir o coração batendo descompassado ao ver a imagem do nosso bebê na ultrassonografia… chorar quando ouvisse o primeiro choro de nossa filha… sorrisse quando visse seu rostinho, tão parecido com o seu… 
putz! nossa filha não tem nada de mim fisicamente! é a sua cópia!! ela é tão divertida, alegre, sorridente, linda, tem um jeito tão meigo, uma simpatia… mas é tão teimosa, pirracenta, comilona. rsrsrs
eu não consegui o que queria, não. eu não queria te prender. eu não queria dinheiro. eu não queria que fosse assim. aconteceu. e hoje eu tenho a maior maravilha do mundo: a minha filha.
tudo bem. você não quer… vá. vá. continue aí, tão longe. viva a sua vidinha da forma que você desejar. se está feliz assim… vá. “a porta sempre esteve aberta.” ninguém te segurou. ninguém aqui fez nada pra te segurar. te prender. te ferrar. te fazer sofrer. mas você prefere pensar assim. então, vá! mas me deixe em paz. deixe meu nome quieto. não conte mais histórias sobre mim. não fale mais mentiras sobre mim. você não sabe o que eu senti, o que eu sinto. ninguém sabe. ninguém deveria me julgar. mas julgam. e eu não ligo pro que os outros dizem. mas eu ligo pro que você diz aí sobre mim. porque um dia, um dia, minha filha pode ouvir isso e se sentir triste. e o que estiver ao meu alcance pra evitar que minha filha se entristeça, eu farei. e sei também que muitas coisas vão ser inevitáveis. uma delas é o sentimento de rejeição que ela poderá sentir em relação a um pai que não a amou. isso eu não vou poder impedir. mas vou amá-la por nós dois. já a amo por nós dois. é um sentimento que não cabe no meu peito. rola pelos olhos. 
eu não consegui o que queria. eu não queria nada na época. apenas ser amada. apenas ter um amor sincero, honesto, carinhoso. e nada disso tive. pra que então inventar um laço que iria nos unir pra vida toda, contra sua vontade? não quero que ninguém fique comigo por pena, por obrigação. e você não seria um desses. não aceito migalhas de ninguém. já aceitei, não nego. mas eu cresci. cresci não na idade somente. cresci por dentro. as dificuldades nos fazem crescer, amadurecer, às vezes até esfriar, ensurdecer, entristecer, mas crescemos. de um jeito ou de outro.
o que importa agora é o que quero. quero viver em paz. quero o sorriso diário da minha menina. quero a felicidade estampada no rostinho sublime dela. quero suas gargalhadas mais gostosas. o carinho que ela tem sempre pra me dar. eu preciso dela e ela precisa de mim. nós precisamos de Deus, que nos fortalece. e junto estamos com a nossa família. nossa família que tem base, estrutura, A-MO-R. não é uma família onde as pessoas desconfiam das outras, onde há gente que não fala com gente. onde há homens negando filhos, pedindo DNA. claro, tem lá seus defeitos, já que é uma família formada de seres humanos. e seres humanos vivem errando. mas é uma família. e ela nos ajuda. estará por perto quando precisarmos. e acho que era isso que eu queria de você. somente. vá. vá. ou fique onde está. dá no mesmo…
NIVIA F.

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Aos 34 anos, sagitariana com ascendente em capricórnio (discordo, mas fazer o quê?!), do Rio de Janeiro (com louca vontade de morar num lugar tranquilo), estudante de psicologia (mas cheia de problemas de cabeça. rsrrsrsrs), mãe e pai da pequena Bia, de 5 anos. E esse blog fala da nossa trajetória, dos meus sentimentos, minhas muitas lamentações, etc.

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